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Nem todo mundo na empresa consegue visualizar os mesmos arquivos ou possui acesso ao mesmo sistema. Isso não é excesso de zelo do time de TI, mas sim resultado de uma prática chamada gestão de acessos e privilégios.

A ideia é simples – Cada colaborador recebe apenas as permissões estritamente necessárias para executar suas tarefas diárias, nada além disso. Esta política é conhecida como princípio do menor privilégio, ela busca proteger informações sensíveis como dados de negócio, salários ou planos estratégicos, contra vazamentos, ataques de hackers e até possíveis ações mal-intencionadas de colaboradores internos.

Como Funciona – Primeiro identifica-se quem é quem dentro da organização, do estagiário ao diretor, e quais recursos cada função precisa acessar. Depois disso são aplicadas regras de acesso em aplicações ou sistemas utilizados pela organização, geralmente a combinação de senha e um segundo fator de autenticação é sempre bem vinda ! Ferramentas de controle de acesso registram tudo o que o usuário faz, desde a tentativa de abertura de algum relatório até a modificação de parâmetros do sistema, podendo gerar alerta caso um comportamento incomum seja identificado, reduzindo drasticamente as chances de exposição de dados que, pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), pode acarretar em multas de até 50 milhões de reais.

Além da tecnologia, há processos fundamentais. Quando um funcionário muda de área ou deixa a empresa, seus acessos precisam ser revisados ou revogados imediatamente; contas antigas esquecidas são porta de entrada comum para invasores. Senhas de administradores e servidores críticos devem ser guardadas em cofres digitais e trocadas periodicamente, impedindo que uma credencial exposta circule por muito tempo. Auditorias mensais, com relatórios claros de “quem acessou o quê e quando”, oferecem visibilidade para o time de segurança e permitem detectar comportamentos fora do padrão.

Vale lembrar que a maioria dos incidentes de segurança envolve erro humano, por isso, treinamentos em linguagem acessível, são muito importantes para explicar por que não se deve compartilhar credenciais ou salvar dados sigilosos em locais inseguros e sem criptografia. O resultado dessa combinação — menor privilégio, múltiplos fatores de autenticação, revogação imediata de contas inativas, senhas protegidas e cultura de conscientização — é uma redução direta do risco, protegendo a reputação da empresa e principalmente, garantindo que somente aquele que realmente precisa, terá acesso a informação.

Limitação de acesso não restringe o trabalho, mas sim minimiza possíveis vazamentos e garante conformidade legal.